Hoje em dia tentar superar-nos (enquanto desportistas/atletas/praticantes de uma modalidade), tornou-se muito mais fácil e repetitivo do que seria de esperar, esta mudança constante e repetitiva deve-se, sem dúvida, aos novos materiais, pisos, equipamentos, aprimorados métodos de treino e avaliação.
Ninguém duvida que os resultados atléticos melhoraram nas últimas décadas, em parte devido à nova tecnologia que aperfeiçoa o desempenho.
Os métodos de treino estão cada vez mais especializados, permitindo assim otimizar o desempenho desportivo. Por exemplo equipamentos computadorizados corrigem em tempo real e avaliam com detalhe fatores intervenientes no desempenho – ficou curioso? Já alguma vez fez a sua avaliação no Inolab?
Ciência e tecnologia tornam-se requisitos básicos para atletas de alto rendimento ou mesmo para aqueles que ambicionam melhorar o seu rendimento desportivo. E atualmente com o crescente conhecimento (correto ou não), que a sociedade tem acerca das atividades e produtos que promovem o bem-estar (todos os dias somos bombardeados com propaganda e spots publicitários), é fundamental procurar ajuda de um profissional da área.
A tecnologia é a aplicação básica da ciência (Katz’2000); esta ligação permitiu avanços para a melhoria do rendimento desportivo, diminuir a incidência de lesão e otimizou o desempenho do desporto. Por exemplo, hoje em dia sabe-se que a melhor forma de treinar maratonistas, não é por meio de aumento do volume de Kms percorridos no treino (antes entendia-se que o atleta deveria realizar percursos maiores que a prova, nos treinos), contudo hoje acredita-se que um treino com menor intensidade e maior volume, próximo ao limiar anaeróbio, melhora a resistência aeróbia do indivíduo (Bocquet, 2000; Billat et all, 2001). Esta redução da distância percorrida no treino, permite a otimização do desempenho e a diminuição de ocorrência de lesão por esforço repetitivo (OKASAKI, 2012).
Estes avanços, estão mesmo aqui a sua mão, desde ferramentas mais simples, como a análise do seu desempenho desportivo (avaliação física), até mais sofisticada como por exemplo, Isocinético de força Biodex, são utilizadas para melhorar o desempenho no desporto, fazendo a diferença entre um atleta de pódio e um que ainda ambiciona uma pequena vitória.
CURIOSIDADE (revista nacional geographic’ julho2018)
Em 1936, Jogos Olímpicos de Berlim, o Norte-americano Jesse Owens, utilizou o primeiro par de sapatilhas ADIDAS e ganhou 4 medalhas de ouro. Mas a corrida de todos os tempos só poderia acontecer na nossa imaginação. Usain Bolt em duelo direto com J.Owens.
O primeiro detém o record mundial em 9,58; o segundo venceu os 100m em 10,3 segundos (considera-se que com melhor equipamento e condições, Owens, poderia ter-se aproximado da marca de Bolt);
Bolt na sua pista do séc. XXI: uma superfície lisa e antiderrapante preparada para a corrida dos 100m, concebida para que as suas pernas recuperem energia rapidamente enquanto corre.
Owens numa pista anterior à 2.ª Guerra Mundial, uma camada irregular de cinza, uma superfície macia que na realidade faz o oposto, rouba energia na passada. Bolt dispensa apresentações, venceu na última década 8 medalhas olímpicas de ouro, calça sapatilhas desenhadas e fabricadas especificamente para correr em superfícies tecnologicamente avançadas; durante a sua vida competitiva, usou sempre as melhores metodologias de treino baseadas na tecnologia e ciência, deslocava-se às competições no seu jato privado, tinha o seu próprio cozinheiro, nunca registou resultados no controle antidopping, o que faz dele ainda mais uma lenda e um exemplo a seguir.
Owens por seu turno, percorreu os 100m, usando umas sapatilhas de couro (as 1ºs da adidas), e teve de escavar os seus próprios blocos de partida, na cinza, com uma colher de jardinagem.
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